A alimentação na amamentação é um assunto que gera polêmicas e muitas dúvidas entre as mulheres, isso porque, nessa fase a produção de leite exige maior ingestão de líquidos e calorias do que o habitual.
Além do que, a saúde da mãe são os primeiros passos para a boa nutrição do bebê e a variedade de alimentos consumida pela mãe influenciará a diversidade de sabores do leite, o que contribuirá para a formação do paladar da criança, além de mantê-la ambas forte e hidratada.
Um grande erro que muitas mulheres cometem após a gestação é se desesperar com os quilos ganhos e ter pressa em retornar ao seu peso habitual, reduzindo por completo sua alimentação. No entanto, o que elas precisam saber que os quilos a mais devem ser eliminados com o tempo, sem radicalismos, até porque, a amamentação por si só já ajuda perder peso com mais facilidade.
Nesse período de amamentação, geralmente a mãe perde de 1 a 2 kg por mês, de forma lenta e gradual, devido a quantidade de energia que se utiliza para produzir o leite materno que é proveniente da gordura acumulada durante a gravidez.
Como se alimentar durante a amamentação
A alimentação na amamentação necessita de maior quantidade de energia e proteínas, que deve ser obtida através de um conjunto de alimentos essenciais. Normalmente, a recomendação da nutricionista materna infantil é dar atenção à quantidade de produtos lácteos consumidos para que seja suficiente para suprir as necessidades de cálcio nessa fase.
Também adotar o hábito de comer pelo menos 5 porções de frutas e vegetais diariamente e consumir proteínas como frango, peru ou ovo bem cozido.
A alimentação na amamentação também deve ser baseada no consumo de peixes com baixa quantidade de mercúrio, como sardinha, atum, truta e salmão, entre 2 a 3 vezes por semana. Além de carboidratos integrais, tais como: arroz, macarrão, cereais, torradas, pães e grãos, pois ajudam para aumentar o consumo de fibras.
Nesta fase, outra recomendação importantíssima é beber bastante líquidos, cerca de 3 a 4 litros por dia, já que eles contribuem para a produção do leite. Lembrando que essa quantidade engloba a água presente nas frutas, sopas e sucos.
Cabe ainda ressaltar que, na alimentação na amamentação não basta somente se preocupar em seguir um cardápio diversificado e rico nutricionalmente, mas sim alimentar-se regularmente a cada três horas, evitando períodos longos de jejum.
Alimentos que devem ser evitados na amamentação
Existem algumas restrições que envolvem a alimentação na amamentação, tais como: frituras, embutidos, queijos amarelos, refrigerantes, bolos e biscoitos, pois ambos possuem grandes quantidades de gorduras e açúcares.
Grão-de-bico e feijão, entre outros tipos de grãos devem ser evitados porque alteram o funcionamento do intestino grosso do bebê, o que pode causar flatulência e o congestionamento do mesmo.
Alimentos cítricos como: laranja, tangerina, goiaba, maracujá, entre outros são prejudiciais para a função digestiva da criança e podem causar azia, portanto, procure não os consumir na alimentação na amamentação.
A pimenta é um dos condimentos que a mãe deve eliminar completamente de sua dieta caso esteja acostumada a consumir, isso porque, elas interrompem a função intestinal quanto ao ritmo das evacuações, algo que pode causar sintomas muito irritantes no pequeno.
A cebola também está na lista de alimentos considerados “proibidos” na alimentação, pois seu consumo pode causar irritabilidade e até cólica na criança.
Brócolis e couve-flor também são legumes que podem causar cólicas irritantes no bebê. E por fim, o café é outra restrição na alimentação na amamentação, já que interfere na fase normal do sono do bebê. Dessa forma, a insônia e o nervosismo vêm à tona e o desenvolvimento saudável do cérebro do bebê é interrompido.
Caso a mamãe tenha dúvidas em relação a determinados alimentos o ideal é consultar uma nutricionista materno infantil antes.
Quando fazer a transição da amamentação para a alimentação da criança?
Após os seis meses de amamentação exclusiva, o leite materno sozinho já não é mais suficiente para oferecer ao bebê toda a energia e nutrientes que ele precisa para seu desenvolvimento.
A partir daí que se deve iniciar a transição entre amamentação e alimentação sólida. Lembrando que ao inserir novos alimentos, não é preciso retirar o leite materno da dieta da criança, pois ele continua sendo muito importante para o seu desenvolvimento e, se possível, o desmame deve ser natural.
Caso a mamãe tenha dúvidas em relação a determinados alimentos o ideal é consultar uma nutricionista materno infantil antes.