Mês de abril é dedicado a Conscientização do Autismo
O mês de abril foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população sobre a importância de acabar com o preconceito sobre o autismo.
Com esse intuito, foi criado a campanha Abril Azul, na qual o objetivo é aproveitar o mês todo para reforçar sobre a conscientização e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas por esta síndrome neuropsiquiátrica.
O que é autismo?
É um transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir. Ele afeta o sistema nervoso e seu alcance e gravidade dos sintomas podem variar amplamente dependendo de cada paciente.
Dentre os principais sintomas estão: dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais; interesses obsessivos e comportamentos repetitivos; maior ou menor limitação na comunicação, seja linguagem verbal e/ ou não verbal; comportamentos caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses.
O grau de gravidade varia desde pessoas que apresentam um quadro leve e com total independência e discretas dificuldades de adaptação, até aquelas que serão dependentes para as atividades de vida diárias (AVDs), ao longo de toda a vida.
Esse transtorno aparece geralmente nos primeiros anos de vida. Após o diagnóstico, os pacientes devem fazer uma série de tratamentos e habilitação/reabilitação para estimulação das consequências que o autismo implica, como dificuldade no desenvolvimento da linguagem, interações sociais e capacidades funcionais.
Essas características demandam cuidados específicos e singulares de acompanhamento psicológico e psicoterapêutico ao longo das diferentes fases da vida.
Principais sinais do autismo
- Capacidade de socialização
- Imitação de sons, palavras e movimentos
- Resposta emocional apropriada para a idade, por meio da expressão facial e postura corporal
- Agilidade e expressão motora
- Interesse adequado em brinquedos e outros objetos relativos a seu nível de desenvolvimento
- Capacidade de adaptação a mudanças
- Uso do olhar, audição e tato de forma apropriada para a idade
- Uso apropriado dos sentidos para explorar novos objetos
- Autorregulação, medo e nervosismo apropriados para a idade e situação
- Comunicação verbal e não verbal apropriadas para a situação e idade
- Inteligência em várias áreas de forma equivalente e não somente em uma única área
Como a sociedade deve incluir os autistas
A dificuldade enfrentada pela maioria dos pacientes que sofrem autismo está ligada diretamente ao comportamento à socialização, passando também pela fala e linguagem. E a partir daí que devemos reforçar sobre a importância da conscientização do autismo, de modo que todos entendam que eles possuem dificuldades sociocomunicativas e buscar ajudá-los.
É importante também não exigir das autistas habilidades que eles não conseguem desenvolver. Além do que, a recomendação é que estudem em escolas regulares, embora alguns pais prefiram escolas especiais, principalmente quando há uma deficiência intelectual associada ao transtorno.
A escola deve ser inclusiva e fazer flexibilizações curriculares, tendo o cuidado de colocar os autistas em turmas menos numerosas, para que os professores possam atender suas demandas individuais.
Por lei, as escolas devem oferecer monitores quando necessário aos autistas, mas é preciso que eles tenham o cuidado de não excluir o aluno do convívio com o restante da turma. A legislação também prevê que as escolas ofereçam classes multifuncionais no turno inverso das aulas, para que os autistas trabalhem suas dificuldades específicas de aprendizagem e desenvolvam suas qualidades.
Além da escola e convívio social, é fundamental o apoio da família, que precisa saber acolher o paciente que sofre de autismo e procurar ajuda profissional para acompanhar seu desenvolvimento, para que assim alcance o máximo de independência possível. É interessante que a família também passa por um acompanhamento psicólogo, a fim de facilitar a convivência e conseguir lidar com os grandes desafios enfrentados.
Qual o tratamento para o autismo?
Os métodos de tratamentos para o autismo dependem de cada paciente. No entanto, é importante que seja realizado por meio de uma abordagem multidisciplinar, com auxílio de diferentes profissionais, como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e professores especializados em educação inclusiva.
O objetivo do tratamento é desenvolver as habilidades dos autistas e trabalhar para que suas dificuldades afetem cada vez menos sua vida. Normalmente, os autistas recebem atendimento por meio da psicologia comportamental e do reforço pedagógico.