Obesidade infantil: o que deve saber
A obesidade infantil pode trazer sérias complicações na vida de uma criança, já que elas estão mais vulneráveis a efeitos psicológicos, como depressão, isolamento social ou o retraimento social. Além do que, pode trazer contribuir para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, problemas de colesterol e triglicérides.
A prevenção da obesidade infantil deve iniciar já na gestação, através de um acompanhamento nutricional, em que a gestante será orientada sobre como ter bons hábitos alimentares e assim evitar o excesso de ganho de peso na gravidez.
Após o nascimento, a nutricionista materno infantil será responsável em orientar sobre como deve ser a introdução alimentar, indicando quais alimento seu filho (a) pode consumir em cada fase. A amamentação natural deve ser priorizada até os seis meses de vida, sendo a única fonte de nutriente do bebê nesse período e após esse período deve-se começar a introdução de alimentos.
Introdução alimentar: como deve ser
A introdução alimentar infância também é uma tarefa importante para evitar obesidade infantil. Nessa etapa, os pais devem começar a oferecer verduras, frutas e legumes e evitar alimentos industrializados.
Lembrando que leites industrializados com excesso de proteínas podem levar à obesidade também. Muita cautela na introdução de alimentos com excesso de açúcar e gordura, pois quando oferecido de maneira precoce esses alimentos, pode mudar o paladar da criança, assim ela poderá deixar de aceitar alimentos saudáveis por serem menos palatáveis.
De modo geral, a alimentação complementar deve ser iniciada, idealmente, a partir do sexto mês de vida, e o bebê deve continuar em aleitamento materno até dois anos ou mais a partir desta introdução. O início deve ser gradual, com papa de frutas duas vezes ao dia e uma papinha com legumes, verduras, cereais e proteína, sob a forma de purê.
Em relação aos tipos de alimentos, todas as frutas podem ser oferecidas de formas diferentes, como: amassadas, raspadas, cruas ou cozidas. A papa deve conter um tubérculo ou cereal (batatas, inhame, mandioca, arroz ou macarrão); uma proteína animal (carne bovina, frango, ovo, peixe, vísceras); uma leguminosa (feijões, ervilha, lentilha ou grão-de-bico); legumes e verduras.
A recomendação é não fazer o uso de sal e dar preferência a temperos não industrializados, entre eles: alho e cebola, assim como qualquer óleo vegetal, como o de soja, canola, milho, girassol ou azeite, podem ser utilizados no preparo. É fundamental iniciar com um alimento de cada grupo, acrescentando novos itens aos poucos.
Vale ainda ressaltar que, o ideal é evitar o leite de vaca: na impossibilidade de amamentar, o bebê deve receber fórmula infantil até um ano, bem como alimentos industrializados, como biscoitos e pães doces; salgados de pacote; embutidos como salsichas, linguiças; bebidas açucaradas, como sucos em pó, de caixa, refrigerante; doces e guloseimas (chocolates e outros doces).
Como saber se meu filho está com sobrepeso?
É comum o ganho ou a perda de peso de bebês e crianças gerar dúvidas e ansiedade nos pais. Por isso, vamos apresentar algumas dicas. Confira!
Calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC) é uma alternativa bastante útil e simples para pais que precisam monitorar o peso de seus filhos. Essa fórmula gera um valor reconhecido internacionalmente que permite definir se a pessoa está acima do peso, abaixo ou regular.
Basta agendar uma consulta com uma nutricionista infantil para fazer calcular e aproveitar para orientar sobre quais alimentos devem ser oferecidos em cada fase da vida da criança. Na consulta com a nutricionista, ela ainda poderá avaliar a presença de gorduras abdominais excessivas, medindo a circunferência da barriga da criança. Esse valor não pode ser maior que a metade da altura dela.
Através desse cálculo, será possível ter uma noção da concentração de gorduras em uma região que possui órgãos extremamente importantes como o fígado e o pâncreas. Monitorar detalhes como este ajuda a prevenir doenças como diabetes e hipertensão.
Observar os hábitos alimentares do seu filho(a) também é essencial, portanto, fiscalize de perto a rotina dele, mas sem neuras e cultura de dietas. Ao perceber que ele pede diferentes tipos de comida com muita frequência e, quando essas são negadas, ele se chateia, pode ser o princípio de uma compulsão alimentar.
Outra dica é vigiar se ele está comendo escondido ou se apresenta sinais de ansiedade na hora de mastigar. Preste atenção, também, à qualidade dos alimentos que ele consome. Todas essas atitudes podem evitar a obesidade infantil.
Por fim, analise o nível de disposição dele, isso porque, uma criança que está acima do peso costuma se cansar rápido durante exercícios simples como subir escadas ou caminhar até o ponto de ônibus. Além disso, ela pode até mesmo sentir faltas de ar momentâneas e/ou roncar durante a noite. Caso apresentar alguns desse sinais, procure por uma nutricionista infantil no ES e agende uma consulta!